Medicamentos
de Valor Acrescentado


Os medicamentos de valor acrescentado (value added medicines – VAM) são desenvolvidos a partir de moléculas conhecidas e satisfazem necessidades de saúde não atendidas proporcionando melhorias relevantes para todo o ecossistema (doentes, cuidadores, profissionais de saúde e/ou pagadores).

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Muitos dos intervenientes do sistema consideram que a inovação se expressa apenas na criação de novas moléculas, mas a inovação pode emergir também de outros avanços tecnológicos.

Há um potencial significativo por explorar na Europa para otimizar as terapias existentes, de modo a melhor satisfazer as necessidades dos doentes e seus cuidadores, dos profissionais de saúde e das entidades pagadoras, bem como a resolver as ineficiências que ainda subsistem nos cuidados de saúde.

Uma melhor adaptação dos medicamentos existentes para dar resposta às necessidades dos doentes e/ou dos cuidados de saúde pode conduzir a melhores resultados para toda a comunidade e sistema.

68 milhões de pessoas na UE sofrem de doenças respiratórias comuns, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Devido aos riscos conhecidos, a gestão da asma e da DPOC está associada a elevados custos sociais e de saúde. A asma e a DPOC são responsáveis, respetivamente, por 250.000 e 1,1 milhões de internamentos hospitalares anuais e o seu encargo económico anual estimado em termos de custos diretos (cuidados de saúde) e indiretos (perda de produção) ascende a um total de 82 mil milhões de euros [1].

Apesar da disponibilidade de medicamentos eficazes no tratamento da asma e da DPOC, as evidências demonstram que a baixa adesão aos tratamentos contribui para os maus resultados do tratamento[2], associados a um risco acrescido de hospitalização, mais consultas médicas e administração de antimicrobianos ou corticosteroides orais[3].

Há benefícios comprovados para a saúde quando se investe mais tempo e recursos para enfrentar estes riscos. Os medicamentos de valor acrescentado (VAM) podem permitir que substâncias ativas conhecidas e eficazes sejam efetivamente aceites e utilizadas pelos doentes, evitando ou reduzindo as complicações e agravamento das doenças bem como a redução do consumo de recursos a tal associados.

[1] European Respiratory Society. European lung white book 2013. Available from http://www.erswhitebook.org
[2] National Institute for Health & Care Excellence. Medicines Adherence. NICE Clinical guideline 2009. Available from: https://www.nice.org.uk/guidance/cg76
[3] Melani, AS, et al. Respir Med. 2011;105(6):930-8

Medicamentos de Valor Acrescentado


  • Um melhor perfil de eficácia, segurança e/ou tolerabilidade;
  • Um melhor modo de administração e/ou facilidade de utilização;
  • Novas utilizações terapêuticas (indicação/população).
  • Melhor adesão à terapêutica, cumprimento do regime posológico, conveniência de administração, resultados de saúde e/ou qualidade de vida;
  • Melhoria da segurança e da eficiência na utilização dos recursos dos profissionais de saúde;
  • Aumento das opções de tratamento e prevenção da intensificação terapêutica;
  • Preservação ou melhoria da relação custo-eficácia e, em última análise, no acesso a cuidados de saúde.
  • Reposicionamento de medicamentos (aprovação de uma nova indicação terapêutica);
  • Reformulação de medicamentos (nova formulação melhorada ou desenvolvimento otimizado para um medicamento existente, como por exemplo, uma nova forma farmacêutica para determinada molécula que vá de encontro a necessidades específicas do doente);
  • Desenvolvimento de regimes inovadores de combinação dos medicamentos/substâncias ativas até com outras tecnologias de saúde (medicamento/medicamento ou medicamento/dispositivo ou medicamento/serviço ou medicamento/DIV).